MÁQUINA DO TEMPO
Ouço seu apito desafiador e
Deixo-me levar viajando décadas.
Respirando fogo, respingando água,
Suspirando fumaça.
Anacrônica máquina!
Seu balanço embala minh’alma.
Seu compasso me descompassa:
Espaço e tempo me confundem,
Num sonho visionário,
De também desafiar meu tempo:
Como a insensata Maria Fumaça,
Tresloucada rompendo séculos.
Matta Machado, Estrada de Ferro Oeste de Minas
1999
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